A Bruxa (The Witch)

Hoje é sexta-feira, aquele dia incrível onde se celebra a chegada do fim de semana. Talvez você tenha duas opções: sair ou ficar em casa. Caso fique em casa, aqui vai uma dica de filme para você.




A Bruxa (The Witch), 2015, é um filme de terror (e não de horror), dirigido por Robert Eggers. Em meio a tantas críticas positivas, o filme acabou não sendo tão bem recebido pelo público. É um filme para poucos.

Confesso que, quando assisti, esperava algo totalmente diferente. Havia assistido ao trailer e percebi então que o filme havia sido vendido de forma incorreta. Ou teria sido proposital?

Com tantas pessoas nas redes alegando estarem desapontadas, que o filme era fraco, história ruim, eu hesitei em vê-lo. Quando vi, minhas expectativas eram baixas. De início terminei o filme com um sentimento ruim, algo como: o que eu acabei de assistir? E então me impressionei. Não sou adepta à religião, não entendo de ocultismo, simbologias, mas após o filme me fazer pensar muito no assunto, pesquisei mais sobre, e tive, então, meu momento de reflexão.

É difícil você simpatizar com um filme que se passa numa época muito distante da sua, eu entendo. É difícil você se agradar com um filme de terror que não te dá sustos. Mas A Bruxa é tão atual quanto assustador. Sabe por quê? Porque o terror está no psicológico dos personagens. É o medo. O medo do Divino. Do mal. Do castigo. Leve em consideração que a história se passa com uma família puritana, excomungada por heresia. A busca por um novo lar, fora das terras cristãs, já os deixa assustados. Morar num local afastado de tudo, próximo a uma floresta, não é tão agradável, mas não há opções.
O que já estava ruim, só piora, claro. O mal está presente na floresta, e ele carrega consigo o bebê da família. Não que ele (o mal) já não estivesse ali, mas, devido ao ocorrido, para eles, aquilo só poderia ser castigo. Não acaba por aí, óbvio, pois em seguida o caos se inicia, e ele te prende do início ao fim, com atuações e diálogos incríveis.

Um filme que fala não só de religião, do bem e do mal, mas que te traz assuntos como liberdade e sexualidade, tudo que era mal visto naquele tempo, e por que não dizer, até hoje? Numa escala bem menor, claro.

Terror é viver sem livre arbítrio, tendo a vida controlada por fanáticos. Viver na ignorância, no medo do pecado, temendo as punições do Divino.
Terror é ser considerada bruxa por não se encaixar em padrões preestabelecidos, não poder ter voz. O terror de ser mulher.
Terror mesmo é perceber que ainda vivemos um pouco disso em nosso dia a dia.

Um filme, na minha opinião, libertador.

Ainda não assistiu? Achou interessante? Aproveite seu final de semana!


Comentários

  1. Eu assiste esse filme, realmente ele não é o que se espera...é um filme pra quem gosta de filme, pq é preciso entender as entrelinhas, mas eu adorei e recomendaria sim.
    E seu blog é demais...estou amando!!!! Continue escrevendo 😘🖤🖤🖤🖤🖤

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    1. Sim, tem que gostar de terror psicológico. E obrigada, fã! Vou continuar só porque tu gosta haha

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  2. Acredito que esse filme não tem meio termo: ou ama, ou odeia. hahaha Vale a pena assistir e tirar suas próprias conclusões. Como sempre, amei a resenha! <3

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    1. Queria que você amasse. ♡ Mas é bem isso que você disse. haha

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